No CYPE 3D, o utilizador pode encontrar o erro “O esforço axial de compressão é excessivo e supera os esforços axiais críticos de encurvadura” acedendo ao menu “Cálculo“, premindo nas opções “Verificar elementos” ou “Verificações E.L.U.” e passando o cursor por cima das barras:
Este aviso indica o não cumprimento da verificação de esbelteza da barra definida em algumas normas.
No exemplo mostrado na imagem, a esbelteza reduzida está definida segundo o Eurocódigo 3 pela seguinte expressão, sendo A a área da secção bruta para as secções de classe 1, 2 e 3, fy o limite elástico do material, e Ncr o axial crítico de encurvadura por flexão. Este último termo é muito sensível ao valor definido de comprimento efetivo de encurvadura nos dois planos do perfil:
Entre as intervenções para baixar o valor da esbelteza da barra destacam-se as seguintes:
- Modificar ou aumentar a secção do perfil. A partir do menu “Barra” e no comando “Descrever“, seleciona-se um perfil de maior secção da mesma série ou utilizando uma série de perfis diferente. As variações do momento de inércia e da área da secção provocarão alterações no cálculo da esbelteza.
- Reduzir de forma justificada o valor do comprimento de encurvadura. Devido à influência do valor do comprimento de encurvadura no cálculo do axial crítico de encurvadura elástico, pode-se estudar a redução do seu valor. Para isso, a partir do menu “Barra“, selecione a opção de “Encurvadura” e modifique os parâmetros em “Atribuir comprimento de encurvadura (Plano xy)” e “Atribuir comprimento de encurvadura (Plano xz)“. O programa obtém o comprimento de encurvadura multiplicando o coeficiente de encurvadura pelo comprimento da barra.
Na imagem assinalam-se à esquerda as opções que permitem definir um valor do coeficiente de encurvadura (β) menor que a unidade, que é o valor contemplado por defeito. Também pode escrever diretamente o coeficiente de encurvadura ou um comprimento de encurvadura em valor absoluto selecionando as opções “β=?” e “Lk=?”.
O comprimento de encurvadura representa o comprimento livre da barra medida entre travamentos e a redução deve estar convenientemente justificada pelo técnico projetista.
Por exemplo, no caso de um pilar embebido numa fachada contínua capaz de resistir aos esforços estruturais, ou de uma viga embebida numa laje, pode utilizar um valor de coeficiente de encurvadura no plano dessa fachada ou laje igual a zero, desde que a barra esteja travada em todo o seu comprimento.
Se o pilar ou a viga estão sujeitos por elementos de travamento pontuais separados uma determinada distância, por exemplo, madres da cobertura ou de fachada com suficiente capacidade estrutural, o comprimento de encurvadura pode aproximar-se utilizando a distância entre esses elementos.
A edição do comprimento de encurvadura em apenas um dos planos pode ser suficiente para conseguir uma variação importante no axial crítico de encurvadura elástico, e portanto, a redução da esbelteza da barra.
